Compliance e seus papéis: conformidade e responsabilidade
Compliance está relacionado a termos como “governança”, “gestão de riscos” e “credibilidade”.
De tempos em tempos, alguns termos e expressões ganham notoriedade e ares de novidade. Talvez deixem a impressão de que o conceito que as forma, ou a realidade a qual simbolizam e expressam, pareçam ser mesmo uma novidade. E este é o caso do termo “compliance”.
O termo inglês significa “conformidade”, ou seja, consonância, harmonia, concordância. Até aí, não existe grande novidade. A inovação no uso do termo deu-se quando, em ambientes corporativos globalizados e competitivos (em que cidadãos consumidores em suas redes sociais têm cada vez mais voz ativa), um dos grandes diferenciais das empresas tornou-se a sua conformidade. Ou seja, a harmonia que suas práticas e processos têm com parâmetros legais e éticos. Em outras palavras, a responsabilidade que as instituições e empresas assumem; o grau de comprometimento que manifestam no ambiente (social, econômico, ecológico, cultural) dentro do qual estão inseridas. A sua missão. Os valores nos quais acredita e os quais seguem.
Compliance: governança, gestão de riscos e credibilidade
Compliance também está relacionado a termos como “governança”, “gestão de riscos” e “credibilidade”. Enquanto ordenamento social tem uma função dentro de uma dada comunidade, as empresas/instituições lidam diretamente com a vida das pessoas, seja oferecendo algum produto, seja ofertando algum serviço; são, portanto, incumbidas de deveres, de responsabilidades. A manutenção e o reconhecimento social dessas instituições dependem que elas estejam à altura desses deveres, ou seja, estejam em conformidade com os mais variados padrões de qualidade esperados pelos indivíduos e exigidos pelas autoridades.
Confiamos que viadutos não desmoronarão, que prédios não se arruinarão, que barragens não se romperão, que edifícios não serão consumidos pelo fogo, que as escolas ensinarão, que as universidades prepararão, que os hospitais atenderão, que a Justiça julgará, que as polícias policiarão e investigarão, que os governantes governarão, que o saneamento saneará…
Compliance: teoria X prática
Afinal, as leis, as tecnologias, os conhecimentos (éticos, morais, técnicos, conceituais…) existem. A questão é: existem como cultura, como hábito arraigado, como prática, como ato? Os fatos atuais nos dão a resposta.
Há mais de 2.500 anos, o filósofo Platão concluía que “verdade conhecida é verdade obedecida”. Aproximar conhecimento e ação, como se pode depreender dessa frase, não é desafio novo. E por isso mesmo não deixa de ser urgente.
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