ONU diz que 2 Bi de pessoas no mundo não têm acesso ao saneamento
in Saneamento Básico

ONU diz que 2 Bi de pessoas no mundo não têm acesso ao saneamento

Relatório da ONU conclui que, em 2015, três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não tinham acesso à água potável e que 4,5 bilhões de pessoas, ou seis em 10, não tinham instalações de saneamento com segurança.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje, 19/03/19, um relatório sobre a água e o desenvolvimento mundial. Intitulada “Não Deixar Ninguém Para Trás”, a publicação foi lançada durante a 40ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

Reportagem da Agência Brasil sobre o tema afirma que, embora o relatório reconheça os progressos realizados nos últimos 15 anos sobre o tema, salienta também que o direito ao saneamento ainda é inacessível para uma considerável parcela da população mundial. “Em 2015, três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não tinham acesso a água potável e 4,5 bilhões de pessoas, ou seis em 10, não tinham instalações de saneamento com segurança”, aponta a Agência Brasil.

Comparação do Brasil com o mundo

O relatório não apresenta um recorte informativo específico sobre o Brasil, mas o oficial de Meio Ambiente da Unesco no Brasil, Massimiliano Lombardo, avalia que, comparado a outras regiões do mundo – em especial ao continente Africano, onde a gravidade é acentuada – o país vem realizando avanços importantes, como a Política Nacional de Recursos Hídricos e o sistema de gestão público do recurso:

“Existe a possibilidade da população, de diferentes usuários da água, como produtores, usuários industriais e agrícolas poderem contribuir, participar da tomada de decisão a respeito de recursos hídricos. A situação atual do Brasil em relação à situação do mundo é diferente. Onde não existem políticas ou leis bem desenvolvidas, não existe um sistema de governança. No Brasil, ao contrário, já foram dados bons passos adiante nesse sentido”, ressaltou o representante da Unesco.

Perspectiva da ONU

Na perspectiva da ONU, os “alimentos” da desigualdade no acesso ao saneamento no mundo são:

  • Políticas mal planejadas ou completamente ausentes
  • Políticas implementadas de maneira inadequada
  • Uso ineficiente e inapropriado de recursos financeiros

 

Como foi apontado em outro texto aqui no blog, apesar dos avanços, o Brasil também sofre com a instabilidade na concretização da tríade planejamento/implementação/eficiência; instabilidade possível de aplacar aumentando o aperfeiçoamento e a formação dos profissionais, e o comprometimento dos gestores com o cumprimento das metas estabelecidas.

 

Situação do Saneamento no Brasil