Saneamento básico no Brasil e no mundo: resultados de um campeonato
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Saneamento básico no Brasil e no mundo: resultados de um campeonato

Se saneamento fosse futebol, Brasil seria eliminado já nas oitavas de final.

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Seção SP, propôs um campeonato de saneamento fictício entre os países da Copa do Mundo de futebol na Rússia. E para o saneamento básico no Brasil o desempenho deixa muito a desejar.

Os resultados da nossa “seleção do saneamento” não nos levam muito à frente em um hipotético Campeonato Sanitário. Considerando os níveis de eficiência no abastecimento de água e no esgotamento sanitário do nosso país, essa “equipe” teria a seguinte atuação:

  • 32 milhões de pessoas sem acesso adequado ao abastecimento de água (rede geral de abastecimento)
  • 85 milhões sem acesso adequado ao esgotamento sanitário (rede coletora nas zonas urbanas e rede coletora ou fossa séptica nas zonas rurais)
  • 134 milhões sem esgotos de suas casas tratados
  • 6,6 milhões sem nem sequer banheiro.

 

“Conquistas” como essas em uma disputa sanitária bastariam para que o saneamento básico no Brasil fosse eliminado já nas oitavas de final. É o que mostram os dados do levantamento realizado pela ABES, baseado em dados do Programa de Monitoramento Conjunto para o abastecimento de água e saneamento da UNICEF e Organização Mundial da Saúde (WHO/UNICEF JMP).

Resultados do campeonato

  1. Japão – população: 126,57 milhões | média dos indicadores: 99,5%
  2. Suíça – população: 8,29 milhões | média dos indicadores: 99,5%
  3. Espanha – população: 46,12 milhões | média dos indicadores: 98,5%
  4. Dinamarca – população: 5,66 milhões | média dos indicadores: 96,5%

 

O critério de desempate entre Japão e Suíça foi o da comparação população x cobertura.

Tomando como base as definições da WHO/UNICEF JMP para água potável (disponível em definição de Acesso à água potável) e para saneamento (disponível em definição de acesso de saneamento), o conjunto de itens analisados nas condições sanitárias dos países, foram:

  • Água: ligações domiciliares, poços artesianos, captação, armazenamento e utilização de água da chuva, dentre outros
  • Saneamento: a existência de vaso sanitário, sistema de coleta de esgoto (coleta, bombeamento, tratamento e disposição final adequada) e fossa séptica, entre outros.

 

Análise dos resultados do saneamento básico no Brasil

Se observarmos os dados disponíveis na “tabela de jogos” abaixo, a ABES comenta que o saneamento básico no Brasil “caiu em um grupo privilegiado e foi o país com menor indicador (68,0%) a passar para as oitavas de final”. E ainda explica que o Brasil, neste ano de 2018, teria um desempenho melhor do que no fictício Campeonato de Saneamento de 2014, onde não passaria da fase dos grupos.

A Associação Brasileira de Saneamento reconhece que muito ainda tem que ser feito apesar dos avanços. E para futuramente ganhar esse hipotético campeonato sanitário, o Brasil deve seguir os bons exemplos de outros países, como o caso de Israel, que você pode conferir aqui.

 

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