Tecnologia BIM é disseminada por entidades no Brasil
Opiniões importantes de especialistas fizeram parte do 1º Seminário de Disseminação da tecnologia BIM no Brasil.
Em 11 de abril de 2018 foi realizado o 1º Seminário de Disseminação do BIM no Brasil e a Indústria dos Materiais de Construção, promovido por entidades como a ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria dos Materiais de Construção), a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
O evento contou com a apresentação sobre o que é o BIM (Building Information Modelling), do professor Eduardo Toledo da Escola Politécnica da USP. Ele avaliou que “A razão número um para uma construtora, um projetista, ou um arquiteto não usar BIM é a seguinte: ‘O cliente não pediu’. Sendo o governo o maior cliente, percebe-se o papel fundamental que ele tem de induzir essa adoção”.
Para a arquiteta Alessandra Beine, a estratégia nacional de disseminação da tecnologia BIM ocorre em um momento extremamente oportuno “onde há necessidade de maior transparência e otimização dos recursos públicos implementados em obras”.
Quando o assunto é o uso e os benefícios do BIM, percebemos que algumas expressões são utilizadas com frequência pelos especialistas da área da construção civil:
- Otimização
- Eficiência
- Revolução
- Qualificação
- Economia
Daí a motivação em promover essa tecnologia que é “a expressão da inovação na indústria da construção civil”, para usar as palavras do engenheiro Wilton Catelani ao definir BIM.
Para o professor da Universidade Federal do Paraná, Sérgio Scheer, o BIM “pode ser chamado de tecnologia que permite uma revolução processual nos métodos e nos meios que se utilizam na tradicional arquitetura e engenharia civil”.
Benefícios da tecnologia BIM
O principal benefício do BIM, segundo Catelani, é “fazer mais barato, e errar menos”. E para o analista de infraestrutura da CGU (Controladoria Geral da União), Li Chong Li, o BIM permite “ter um olhar não só da informação, mas como uma simulação que tenha cronograma e orçamento”.
Já o tenente-coronel Dutra, da Diretoria de Obras Militares, explica como, em sua rotina, evita perda de tempo e dinheiro com o uso do BIM: “antes de eu partir para a obra, eu já identifico se a minha estrutura está em conflito com as minhas instalações elétricas e hidráulicas e eu corrijo isso”.
Com o maior e melhor planejamento permitido pelo uso do BIM, minimizar o desperdício de dinheiro público é um dos grandes benefícios, defende o engenheiro de produção civil, Rafael Fernandes: “Isso é a qualificação do gasto público”, define.
Além disso, Scheer afirma que o uso da tecnologia BIM “melhora a qualidade do produto final”. E Dionysio Klaydianos, presidente da comissão de materiais e tecnologia da CBID (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), sintetiza que “o potencial que essa tecnologia tem de você fazer com menos recursos, muito mais coisas é muito grande”. Daí a importância, defendem, de se implantar o BIM no Brasil.
A adoção dessa tecnologia, afirma Rogério Suzuki, arquiteto de informação e consultor para implementação do BIM, vai trazer benefícios tanto para o governo quanto para o mercado.
Rodrigo Navarro, presidente executivo da ABRAMAT, diz que ele já é utilizado em muitos países, e que “é importante o governo ouvir o setor privado nesse sentido construtivo”, tendo diálogo, e troca entre os vários setores.
Scheer também afirma que a “transparência que tanto se pede pode ser conseguida quando se tem bons resultados em uma obra bem construída, a partir de um projeto detalhado suficientemente”.
Transparência, qualificação de gastos públicos, melhor qualidade do produto final, eficiência. Todos são excelentes motivos para conhecermos o BIM (veja aqui) e para reconhecermos a importância do esforço em disseminar e implementar essa ferramenta no Brasil.
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