Sem acesso a banheiro, saúde da mulher é a mais afetada
in Saneamento Básico

Sem acesso a banheiro, saúde da mulher é a mais afetada

4 milhões de pessoas ainda não tem acesso a banheiros no Brasil, porém saúde da mulher é a mais comprometida.

Segundo matéria do Projeto Colabora, que fala sobre o painel apresentado no World Toilet Summit deste ano, a população brasileira enfrenta grandes problemas em relação ao saneamento básico. Porém, a saúde da mulher é a mais comprometida.

A gerente geral do evento, Sarika Saluja, com o intuito de responder a seguinte pergunta: “Como o gênero influencia no saneamento básico?” trouxe vários apontamentos sobre o assunto e saúde em geral, mas com o foco na saúde da mulher.

Ela diz que, “Geralmente, são as mulheres que ficam responsáveis por buscarem água em suas casas, por fazerem tarefas domésticas que necessitam de água, pelos cuidados com as crianças. E também são elas que correm mais riscos de serem abusadas sexualmente, enquanto vão a um banheiro longe de suas casas. E também são elas que precisam de mais privacidade e de condições melhores durante a menstruação e a gravidez”.

A falta de saneamento básico para a população

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas no mundo inteiro sofre com a falta de saneamento básico de qualidade e, somente aqui no Brasil, são mais de 4 milhões de pessoas.

Isso interfere não somente na saúde da mulher, mas também na saúde da população geral do Brasil, trazendo vários problemas de saúde.

O problema tanto da saúde da mulher como da população

Com todo este problema, doenças como a esquistossomose alcançam todo o país, mas as mulheres que não têm acesso ao saneamento básico, e por questões fisiológicas, têm maior possibilidade de contaminação e estão mais expostas a doenças que precisam de tratamento específico.

“Nosso órgão genital é interno, então, bactérias encontram mais condições para se proliferarem. Se a mulher não se olha com um espelho e também não consegue fazer exames anuais, não consegue ver lesões e não consegue se tratar”, disse Juliana Aquino, ginecologista.

No entanto, não somente as mulheres são afetadas. Segundo a matéria, “De acordo com Atlas on Children’s Health and the Environment“ – WHO 2017, a diarreia mata 2.195 crianças por dia no mundo e faz mais vítimas do que a Aids, a malária e o sarampo juntos. É a segunda causa de morte entre meninos e meninas entre 1 mês e 5 anos no mundo.”

Conclusões

Por conta deste problema, pessoas públicas como a ginasta Daiane dos Santos, junto à equipe do Trata Brasil, têm ido às escolas divulgar o tema e explicar para os alunos a importância de um saneamento básico de qualidade, além de explicar também que o mesmo é um direito que a população tem.

Segundo Daiane, “Em dois anos do Água na Escola – Gotas do Futuro, passamos em 15 cidades levando informação para mais de 30 mil alunos, do 1ª ao 5º ano do Ensino Fundamental, de forma lúdica, sobre saneamento básico. A ideia é que eles cresçam entendendo que saneamento é um direito e que esse direito permite acesso à dignidade”.

A partir de ações como essas, podemos ver que, mesmo com um sistema precário, existe uma busca por conscientização e melhorias, mas que ainda grande parte da população não possui um programa de saneamento básico de qualidade. E isso resulta em diversas doenças que se transformam em problemas de saúde pública.

Logo, se houver a melhoria do saneamento básico, diversos deles serão evitados e a saúde da população poderá melhorar muito.

 

Situação do Saneamento no Brasil